quinta-feira, 9 de abril de 2009

Alysson Mascaro: idéia é reverter quadro de desinteresse político nas universidades

Para professor, boa parte do mundo universitário tem se alheado de uma consciência política profunda

Cidades 30/03/2009 | Por Antonio Sergio R. Silva (Barbosa)

O professor doutor Alysson Leandro Mascaro proferiu curso de Teoria Política a alunos de Direito das Faculdades Integradas Padre Albino (Fipa). Mascaro pretende reverter um quadro comum nas universidades, que é a falta de interesse pela política. A Fipa promoveu o evento que foi realizado sábado, dia 28.


Mascaro disse que Teoria Política é curso de um dia só. “A idéia é fazer outro mais avançado. Infelizmente é um quadro brasileiro que temos a função de reverter. Há grande desinteresse da sociedade atual”, referindo-se à política. Nessa aula, o professor tratou das origens históricas do conceito de política, desenvolvendo, numa fase posterior de sua explanação, uma análise das questões políticas contemporâneas.


Coordenador do curso de Direito das Fipa, Mascaro falou sobre a importância da política para a formação do aluno de Direito. “O jurista é chamado a se posicionar no mundo, participando ativamente da construção das estruturas sociais, afastando e rejeitando as injustiças sociais e apontando para um futuro justo”, destacou, salientando que, “infelizmente, na atualidade, boa parte do mundo universitário tem se alheado de uma consciência política profunda, mas nosso propósito, no curso de Direito das Fipa, é humanista e crítico, conseguindo superar a visão tecnicista e mercantilizada do direito atual."

Atualização

No dia 28 também teve início o curso de Atualização em Direito, cuja aula inaugural esteve a cargo do professor Alex Antônio Mascaro, advogado, mestre em Processo Civil pelo Mackenzie e professor titular de Processo Civil do curso de Direito das Fipa. O objetivo é contribuir para a consolidação do estudo da lógica dos ramos do Direito, aprofundando a visão geral de cada área jurídica específica.


Esse curso terá aulas semanais e está voltado aos alunos do quinto ano. Foi estruturado por Alysson Mascaro e pelo professor Donizett Pereira. “A idéia é contribuir para ter uma geração de universitários com outra mentalidade”, definiu Alysson Mascaro.


Fonte: noticiadamanha.com.br

3 comentários:

Anônimo disse...

Querido Professor, quero que saiba que despertou em mim as mais belas idéias sobre a vida em sociedade e a importância de se direcionar um olhar crítico a tudo o que ocorre a nossa volta. Infelizmente, ao abrir os olhos, sentimos enorme dor, mas depois, as possibilidades de se ajudar neste desenvolvimento social torna-se gratificante. Obrigado por tudo! Um grande abraço!

Anônimo disse...

Professor, muito legal esta página sobre suas idéias, agora todos poderão ter acesso ao que há de melhor em filosofia do Direito. Tenho certeza que este será apenas o início de uma grande difusão de suas reflexões sobre justiça social. Sucesso e esperança a todos. Até breve.

Anônimo disse...

Sinceramente, caro mestre, como será possível reverter o quadro de desinteresse político nas universidades se os grandes doutores de nosso Direito estão dentro das Universidades frequentadas pelas pessoas mais ricas deste país? Devemos esperar que da USP saiam pessoas com algum sentimento de justiça? A revolução tem que ser feita pela massa, que diante da atual conjuntura política não consegue enxergar o domínio exercido por esta elite. Eles estão cegos, pois a eles são destinadas esmolas governamentais e futebol, ou seja, qualquer semelhança com "pão e circo" não é mera coincidencia. Tentar convencer um privilegiado de que sua condição cômoda não é justa perante os demais não adianta em nada, não terá efeito algum. Já a conscientização do povo de que tem força para mudar o que acontece a sua volta poderá trazer transformações. Talvez se a eles fosse dada esperança de uam vida melhor e a chance de entender como isso tudo os controla, teríamos alguma possibilidade de vitória. Agora acreditar que da USP sairá o movimento de transformação social fica difícil. Seria o mesmo que acreditar, no período do Absolutismo, que o rei distribuiria suas terras com o fim de implantar uma política de igualdade social. Você fala para o público errado. Não é lecionando dentro da elite que encontrará mudança na classe mais pobre.