"O primeiro problema do ensino jurídico no país não está no ensino jurídico em si, mas na própria sociedade brasileira, que quer um profissional meramente técnico", ponderou Mascaro. Para ele, o ensino jurídico passa por uma crise que advém principalmente da mercantilização das instituições de ensino e da falta de horizonte no tocante ao objeto de ensino dos cursos de Direito.
"Acaba que os professores são forçados a se curvar a uma realidade voltada exclusivamente à formação de técnicos para o mercado, e não de intelectuais juristas compromissados com a justiça e a melhoria social", asseverou, dizendo ainda que "as pessoas se rebaixaram a um universo exclusivamente consumista, deixando de lado as preocupações com as questões de humanidade".
Alysson Mascaro afirmou, ainda, que as instituições de ensino perderam o foco da formação humanística, que é a essência e o baluarte do ensino jurídico. "As faculdades de Direito do Brasil possuem uma cultura jurídica e humana muito medíocre", criticou. "Não vejo mais juristas como o grande Evandro Lins e Silva", lamentou Mascaro.
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